Setor de Varejo Expressa Preocupação com Possível Fim do Parcelamento sem Juros

Setor de Varejo Expressa Preocupação com Possível Fim do Parcelamento sem Juros
Créditos: Imagem de Rudy and Peter Skitterians por Pixabay

A discussão em torno da continuidade do parcelamento sem juros para compras vem ganhando destaque, visando mitigar os índices de endividamento da população. 

Nesse contexto, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, recentemente trouxe à tona a possibilidade de introduzir uma tarifa para parcelamentos de longo prazo no uso do cartão de crédito, gerando reações diversas entre consumidores e setor varejista.

O Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) expressou sua preocupação quanto à taxação ou possível eliminação do parcelamento sem juros, alertando para os impactos negativos que tal medida poderia provocar, não somente nas vendas do setor, mas também na economia como um todo. 

O IDV defende a manutenção do sistema de parcelamento, alegando que essa opção é crucial para assegurar a viabilidade das compras por meio do varejo. 

Essas informações foram compartilhadas pelo portal Uol. A discussão ocorre em um momento em que se busca enfrentar os elevados níveis de endividamento que afetam os cidadãos brasileiros. 

Além disso, o Banco Central e o Ministério da Fazenda estão empenhados em encontrar soluções para reduzir as altas taxas de juros relacionadas ao uso do cartão de crédito, especialmente o juros rotativos.

O setor de varejo argumenta veementemente a favor da continuidade do parcelamento sem juros, apontando que cerca de 80% das vendas realizadas estão relacionadas a essa modalidade de pagamento. Conforme o presidente do IDV ressaltou, é comum que os clientes dividam suas compras em seis prestações.

Paralelamente, a proposta de introduzir uma tarifa para esse serviço tem sido alvo de críticas. O presidente do Sebrae, Décio Lima, destacou em uma entrevista ao Uol que essa medida poderia ter impactos negativos, especialmente para pequenos negócios e famílias de baixa renda, reduzindo seu poder de compra.

A situação da taxa de juros rotativo do cartão de crédito também é uma preocupação. Os juros médios praticados nessa modalidade chegaram a 455% ao ano no presente ano. O índice de inadimplência relacionado a essa linha atingiu 49,1% no mês passado. 

Diante desse cenário, um grupo de trabalho está buscando soluções para esse problema, com previsão de apresentar propostas em até 90 dias.

Por fim, é importante ressaltar que a opção de crédito rotativo do cartão é ativada quando os consumidores não conseguem efetuar o pagamento integral da fatura dentro do prazo estabelecido. Isso leva ao surgimento de um tipo de empréstimo com juros e ao crescimento da dívida ao longo do tempo.


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