CDB ou Tesouro Direto: Qual é Melhor? Análise Detalhada

CDB ou Tesouro Direto: Qual é Melhor? Análise Detalhada

Investir com previsibilidade e segurança é uma busca constante para muitos, e na renda fixa, duas opções populares são o Certificado de Depósito Bancário (CDB) e o Tesouro Direto. 

No entanto, a escolha entre esses queridinhos dos investidores depende de diversos fatores, como características específicas, riscos associados e os rendimentos oferecidos por cada produto.

Antes de tomar uma decisão informada, é essencial entender as semelhanças e diferenças entre CDB e Tesouro Direto. Afinal, qual deles rende mais? E em quais situações é mais vantajoso optar por um ou outro?

Características do CDB


O Certificado de Depósito Bancário, como define Felipe Spritzer, fundador e CEO da Portfel, é um título de renda fixa emitido por bancos. 

Nele, o investidor empresta dinheiro para a instituição financeira em troca de um rendimento definido no momento da compra. 

A rentabilidade do CDB pode ser pré-fixada, pós-fixada (atrelada à Taxa Selic), ou um prêmio sobre a inflação (IPCA + uma taxa adicional).

O CDB de liquidez diária, por exemplo, é uma opção popular que geralmente rende em torno de 100% do CDI, acompanhando de perto a variação da Selic. 

Com o CDI praticamente alinhado à Selic, o rendimento anual desse CDB pode alcançar aproximadamente 12,75%, segundo o especialista.

É crucial destacar que o CDB conta com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), assegurando até R$ 250 mil por CPF por instituição financeira. Isso proporciona uma camada extra de segurança aos investidores.

O Tesouro Direto e suas Modalidades de Remuneração


O Tesouro Direto é um programa de compra simplificada de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional. Nesse cenário, o investidor empresta dinheiro para o Brasil, recebendo juros por essa operação. 

Considerado o investimento mais seguro do país devido à garantia do Estado brasileiro, o Tesouro Direto oferece títulos com três formas diferentes de remuneração.

A primeira é pós-fixada, atrelada à taxa Selic. A segunda segue uma taxa prefixada, enquanto a terceira é uma combinação de ambas, acompanhando a variação da inflação medida pelo IPCA mais uma taxa prefixada.

Os títulos do Tesouro Direto com vencimento mais curto apresentam as seguintes rentabilidades:

  • Tesouro Selic (12,77% a.a., Selic + 0,02%).

  • Tesouro Prefixado (10,70% ao ano).

  • Tesouro IPCA+ (10,60% a.a., IPCA + 5,60% a.a.).

É importante notar que as taxas apresentadas são aquelas pagas caso o investimento seja mantido até o vencimento. 

Os títulos prefixados ou atrelados ao IPCA estão sujeitos à marcação a mercado, o que significa que seus preços oscilam ao longo do tempo, podendo representar tanto uma valorização quanto um prejuízo, dependendo das condições de mercado.

CDB vs. Tesouro Direto: Qual Rende Mais?


Ao comparar as duas alternativas de investimento com liquidez diária, os CDBs com rendimento de 100% do CDI costumam render próximo à variação da Selic. 

Por outro lado, o Tesouro Selic oferece uma taxa garantida mais um pequeno adicional, tornando-o mais vantajoso que o CDB de liquidez diária nesse cenário específico.

Contudo, ao observar CDBs com prazos mais longos, surgem opções com rendimentos bastante superiores aos do Tesouro Direto. Segundo Felipe Spritzer, é possível encontrar CDBs pagando 123% do CDI (aproximadamente 15,60% ao ano) e taxas prefixadas de 13,25% ao ano. 

No entanto, é crucial considerar dois pontos: os CDBs contratam essa rentabilidade por um prazo mais curto (de quatro a sete anos), enquanto o Tesouro Direto oferece títulos com prazos que ultrapassam os 30 anos.

Além disso, o risco, mais presente no crédito privado, é praticamente nulo no Tesouro Direto. O Governo Federal, ao contrário de instituições privadas, pode imprimir dinheiro para quitar dívidas, eliminando a possibilidade de calote.

Escolhendo Entre os Títulos do Tesouro Direto


Dentro dos produtos citados, diferentes formas de aplicação visam objetivos diversos. Levar em conta o perfil de cada investidor e os objetivos por trás do investimento é crucial. 

Se a meta é constituir uma reserva de emergência, é recomendável optar por uma alternativa com menos volatilidade e maior liquidez.

Segundo Felipe Spritzer, se a preocupação é garantir a manutenção do poder de compra, o IPCA+ faz mais sentido. Se o objetivo é baixa oscilação no preço, o Tesouro Selic é mais indicado, enquanto o prefixado permite travar uma taxa nominal mais alta.

Perguntas Frequentes


Aqui estão algumas perguntas relacionadas ao CDB ou Tesouro Direto Selic:

Qual é melhor, CDB ou Tesouro Selic?


O Tesouro Selic é considerado o título mais seguro do mercado devido à garantia do Tesouro Nacional, ou seja, do governo federal. Para que um CDB seja mais vantajoso, ele precisa oferecer uma rentabilidade superior a 100% do CDI.

Quanto rende o CDB e o Tesouro Direto?


A rentabilidade líquida anual, considerando uma alíquota de 17,5%, para diferentes investimentos é a seguinte:

  • Tesouro Selic: R$ 1.085, rendimento de 8,50% ao ano.

  • CDB a 104% do CDI: R$ 1.089, rendimento de 8,94% ao ano.

  • CDB a 112% do CDI: R$ 1.096, rendimento de 9,63% ao ano.

  • LCI/LCA a 98% do CDI: R$ 1.100, rendimento de 10% ao ano.

Qual a diferença entre o CDB e o Tesouro Direto?


Ambos são investimentos em renda fixa e oferecem retornos superiores à poupança. 

A diferença crucial está na destinação do empréstimo: o Tesouro Direto empresta dinheiro ao governo federal, enquanto o CDB empresta para uma instituição financeira privada.

Qual é o melhor investimento hoje em dia?


Os investimentos mais procurados em Renda Fixa atualmente incluem títulos do Tesouro Direto, CDBs, debêntures, Fundos de Renda Fixa, LCIs, LCAs, CRIs, CRAs e carteiras digitais remuneradas. 

A escolha do melhor investimento depende do perfil do investidor, objetivos financeiros e tolerância ao risco.

Conclusão


A escolha entre CDB e Tesouro Direto depende de diversos fatores, como horizonte de investimento, tolerância ao risco e objetivos financeiros específicos. 

Ambos os investimentos têm vantagens e desvantagens, e uma análise cuidadosa é essencial para tomar a decisão mais adequada ao seu perfil. 

Lembrando sempre que as condições de mercado podem influenciar as taxas de rentabilidade, e é fundamental estar atualizado para tomar decisões informadas em relação aos seus investimentos.

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